sábado, 7 de maio de 2022

Eletrocutada

Uma pessoa tentou me acompanhar pessoalmente não sabendo que minha palavra falada conseguia ser mais chocante que a escrita. Na hora que eu falei que Deus não tinha dó de ninguém, que dó e misericórdia eram coisas bem distintas, que Ele não justificava não somente quem trabalhava nas trevas para ter "luxo", mas nem mesmo para ter o primário, que segundo o mundo é ter "comida", arregou e pulou fora do barco. Um tempo depois, me achando com cara de "amigo", veio desabafar deixando escapar todo desejo, toda cobiça que tinha pelo que era do mundo. Aí ficou claro, "Ahh, então ela quer que Deus tenha dó, compreenda e não julgue ninguém por estar desejando o que é falso, que não testifique que a obra de ninguém é má".

A misericóridia é para o miserável que se arrepende, se humilhando e se convertendo à ambição pela Riqueza. A misericórdia significa que ninguém precisa ser rico para ser acolhido, caso contrário, não haveria esperança para ninguém. Mas a pobreza de espírito que é a humildade não existe desvinculada da fome e sede de Justiça; uma bem-aventurança não é verdadeira quando o indivíduo não possui a outra. Pode o reconhecimento da pobreza justificar sem a renúncia da "riqueza"? Ou como pode o indivíduo se tornar sábio acreditando ter a habilidade em si para alcançar tal condição? Inevitavelmente acabará com vergonha do próprio Jesus, a Sabedoria que verdadeiramente é comida e bebida.

É verdade, eu rejeitei a "amizade" para me tornar orgulhoso.

Tô nem aí pro seu ego e seu mundo impenitente.